Olá, venho por meio desta lhe dizer, que não são todas as
pessoas que reforçam essa separação, mas que, infelizmente foi criada e
reforçada culturalmente. As dificuldades
vividas pelos negros, e como eles eram maltratados durante a escravidão à mais
ou menos 128 anos, ainda hoje, delimitam dificuldades de inserção na sociedade.
Gostaria de reforçar minha fala apontando a biologia,
ciência no qual afirma que não existem raças humanas. Esse conceito de
superioridade racial, chamado de darwinismo social, em que uma raça apresentava
vantagens em relação a outra, era muito aceito no século XIX, e servia como
justificativa para as potências capitalistas praticarem o neocolonialismo.
Porém, essa teoria não pode ser mais aceita atualmente, o que diferencia uma pessoa
da outra é o seu caráter e as suas atitudes, somos todos iguais, a única raça
que existe, é a raça do ser humano.
Acredito que esse desabafo é algo presente em sua vida,
penso que já deve ter ouvido muitas pessoas falando o quanto atitudes de
pessoas preconceituosas não devem ser aceitas, venho reafirmar a fala delas
dizendo para você não se calar. Não há nada que justifique uma atitude
preconceituosa como algo aceitável, ao silenciar-se você dá poder a essas
pessoas para continuar ferindo outros com seu preconceito seja racial, por sua
sexualidade ou religião. Se ocorre na escola, informe seus professores para que
essa pessoa saiba que ela está errada, e caso persista, procure o diretor ou um
orientador que possa contatar a família desse aluno em questão.
Atos de discriminação por raça e cor são considerados
crimes no Brasil desde 1989, quando entrou em vigor a Lei 7.716, a chamada Lei
Caó --homenagem a seu autor, o então deputado e ativista do movimento negro
Carlos Alberto de Oliveira. Pela lei, está sujeito a pena de dois a cinco
anos de prisão aquele que descrimina alguém por motivo de raça, cor ou
religião. Existem muitas formas denunciar. É
possível prestar queixa nas delegacias comuns e especializadas em crimes
raciais, presentes em algumas capitais, aqui em São Paulo, por exemplo, há a
Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância no número
(11)3311-3555. Algumas unidades da federação também contam com
disque-denúncias específicos para o crime de racismo, como o disque 124, no
Distrito Federal.
Encerro esta carta
afirmando que racismo não é algo normal, se imponha contra situações deste
tipo. #SOMOSTODOSIGUAIS#NAOÉNÃO# .
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