martes, 11 de septiembre de 2018

O game que jogo não define minha sexualidade... me respeite







O game que jogo não define minha sexualidade. Me respeite!!!” #LoL_não_é_game_de_viado!Saudações camarada gamer! Aqui vos fala alguém que viu os jogos saírem do
modo single player offline e adentrarem na era do multiplayer online, onde o preconceito
ocorre de diversas formas e é potencializado pela internet e suas mídias sociais, campos
férteis para
trolls, que geralmente se escondem no anonimato, através do qual a rede
possibilita destilar ódio e semear a discórdia. Você já deve ter vivenciado ou
testemunhado em primeira mão os requintes cruéis da comunidade gamer e sua
natureza basicamente tóxica. Tal característica fica muito mais evidenciada quando
trocamos o foco para a cultura gamer especificamente brasileira (huehueBR). No LoL
em específico essa associação começou por causa de um comentário infeliz do
youtuber Cauê Moura em um de seus vídeos, ele disse algo pejorativo em relação aos
jogadores de LoL por ter campeonato de LoL no campus party e não ter de Battlefield3.
Devo discordar de sua hashtag pois LOL é um jogo onde heterossexuais e
homossexuais - inclusive segundo a Riot Games o atirador Valrus é o primeiro
Champion gay do universo de LoL - podem competir em pé de igualdade e longe dessas
discriminações. Posso ao mesmo tempo concordar com você quanto à sua afirmação
de que um jogo não define a sexualidade de ninguém, só a própria pessoa é capaz
dessa tarefa. Um exemplo completamente oposto à lógica machista relacionada a
alguns jogos é meu camarada Felipe, 22 anos, antigo jogador de nosso clã de CS e
homossexual assumido. Tais informações só se tornam pertinentes ao nosso assunto
quando lhe informo que o mesmo foi o primeiro colocado em uma competição de Fifa
por dois anos seguidos em campeonatos feitos em minha cidade com centenas de
milhares de habitantes. Vale lembrar que para a comunidade gamer Counter Strike e
jogos de futebol são o ápice da “macheza”.
Hugh Forrest, diretor do SXSW Interactive escreveu no seu twitter: “Se pessoas
não podem concordar, discordar e abraçar novas formas de pensar em um local seguro
online e offline, esse mercado de ideias está inevitavelmente comprometido”. Devo
reforçar essa linha de pensamento através de uma das ideias de certo intelectual
brasileiro que dizia que basicamente todas as práticas são ideológicas, a questão era
se essa prática seria includente ou excludente. Nós gamers já temos que encarar um
grande volume de preconceitos da sociedade sobre a nossa prática que historicamente
e culturalmente nos tarja de geeks e desocupados sendo que novas competições como
o CBLoL e suas premiações para jogadores profissionais provam exatamente o
contrário. Por essas e outras não podemos alimentar novos preconceitos dentro de
nossas próprias comunidades, e mais ainda, devemos ativamente combater essa
nefasta prática

1 comentario:

  1. Caro escritor

    Creio que esse seria um bom diálogo com os alunos do integrado, incrível como você entende dos jogos e desse processo. Vamos combinar algo?
    Abraços

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