Frase: “Sou preto mas não sou Ladrão”
Caro aluno,
Alguns estereótipos
negros que encontramos em nossa sociedade têm ligação direta com a história de
nosso país. No século XVI, Portugal encontrava-se na posição de metrópole e uma
de suas colônias era o nosso território que, mais tarde constituiria, o Brasil.
Para que a exploração da colônia fosse altamente lucrativa, seria necessária
mão-de-obra barata e abundante para trabalhar na extração de recursos naturais.
Pensando nisso, uma das soluções encontradas foi a utilização de escravos
negros, muitas vezes trazidos da áfrica através do tráfico negreiro. Tal
prática era justificada pela ideia de superioridade da raça branca sobre a raça
negra. Essa ideologia foi, aos poucos, permeando a sociedade brasileira de
forma que, mesmo após a abolição da escravidão com a Lei Áurea em maio de 1888,
o negro continuou sendo visto com inferioridade em relação ao branco.
Se
por um lado a Lei Áurea deu aos negros a liberdade, por outro deu início a um
problema social muito grave. Os negros agora “livres” e, em grande parte, sem
escolaridade alguma, enfrentavam uma sociedade extremamente racista, pautada na
superioridade do branco. Assim, existia uma dificuldade muito grande do negro
em se inserir nessa nova sociedade uma vez que este encontrava-se limitado a
realizar trabalhos manuais para sobreviver, perpetuando sua condição de pobre e
marginalizado. Vemos o reflexo desses acontecimentos ainda hoje: boa parte das
famílias de baixa renda é composta por negros e pardos. A associação que é
feita por algumas pessoas é a seguinte: boa parte dos negros e pardos são
pobres, e a pobreza está associada à criminalidade; portanto, pessoas de pele
escura são criminosas. Essa é uma forma preconceituosa e genérica de ver o
problema criminal brasileiro. Existem criminosos brancos, negros, pardos,
indígenas, e de qualquer outra etnia existente. A condição de criminoso está
associada à pessoa, e não a um grupo étnico. Portanto, faço das minhas as suas
palavras: “Ser preto não significa ser ladrão”.
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