ESPAÇOS PARA A NÃO HETEROSSEXUALIDADE
O
movimento gay começou a se organizar no final da década de 70, inicio dos anos 80,
juntamente com a epidemia da AIDS. É importante ressaltar que a
homossexualidade não é algo novo e nem pós-moderno, mas a forma como
trabalhamos em relação a se tornar uma identidade, sim. Isso significa que a
medida que trabalhamos a nossa sexualidade como identidade, colocamos em discussão
a pauta que rege esse tema e que mobiliza a sociedade. Entender qual a relação
privada-pública da sexualidade permite guiar a ideia de corpo, desejo, erotismo, sexo e amor, que hoje são temas
que personalizam a identidade de cada um.
Nos
últimos anos, o movimento LGBT busca por construir novas formas de representações sociais que reflitam numa auto-estima
positiva. Nesse sentido a revelação da intimidade e da identidade não levaria
a diminuição da sociabilidade. Ainda que muitos compreendam que somente
mantendo sua intimidade em segredo
poderão manter a sociabilidade ou a “aceitação social” ideal.
É
importante entender que a medida que os não heterossexuais possuem um espaço
para desenvolver suas vontades e liberdade, lutando contra repressão, o próprio
movimento se constitui como espaço de
emancipação para todos. E a luta acaba se constituindo em que esta
libertação estará em todos os espaços.
Por
fim é entender que possuímos uma herança cultural que colocou a pauta gay no
âmbito do proibido, logo produzir conhecimento
ao seu redor, lutar por sua visibilidade, possui um aspecto de transgressão.
É importante entender que por mais que vivenciamos espaços de aceitação, eles
ainda são somente uma pequena porcentagem de áreas sobre a crosta terrestre.
Produzido
com base no texto de Anderson Ferrari, Revisando o passado e construindo o
presente: o movimento gay como espaço educativo. In BRASIL. Educação como
exercício de diversidade. Brasília: UNESCO/MEC/ANPEd, 2007
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