martes, 11 de septiembre de 2018

Me chamaram de viado, eu disse “não sou viado, sou LGBT”.





Frase: Me chamaram de viado, eu disse “não sou viado, sou LGBT”.

            Quatro letras. Quatro letras que fazem toda diferença. Uma sigla que resume todo um período de décadas de lutas em defesa da identidade, do respeito e dos direitos civis.
            Primeiramente, gostaria de dizer que é lamentável que episódios como esse, muitas vezes sutilmente disfarçados como “brincadeiras”, aconteçam no ambiente escolar. Lugar que vai além de um espaço de assistir aulas, mas também de formação da cidadania, criação de círculos de amizades e de laços de confiança. Mas ao mesmo tempo em que tais episódios nos remetam a tristeza e constrangimento, é de extrema importância atitudes como a sua, de resistência, de contestar, de reafirmar a identidade e a defesa do respeito para todos. De mostrar para o opressor, que além de se educar para uma melhor convivência social, ele deve ser constrangido, corrigido, apontado e até exposto. Em uma sociedade marcadamente patriarcal e heterossexual, fazer atitudes agressivas como essas são colocadas como naturalizadas no cotidiano, e é justamente nesse ponto que não podemos nos abater na luta.
            Para encerrar, gostaria de destacar aqui elementos que podem contribuir para discussões como essas. É de muito valor que tal debate seja levado a diferentes espaços, principalmente aqueles em que o movimento estudantil constrói suas bandeiras (centros acadêmicos, diretórios acadêmicos, União Nacional dos Estudantes) e de que é possível também incluir esse debate nos fóruns dos profissionais da educação (sindicatos, associações docentes, grupos de pesquisa). Não nos esquecendo também que essa luta deve fazer da parte do ambiente escolar enquanto instituição, fazendo parte de seus planos de ensino, projetos institucionais, setores sócio pedagógicos.
            Que possamos juntos construir um ambiente plural, democrático e solidário para tod@s.

1 comentario:

  1. Caro escritor
    E o movimento não se acaba, hoje as 4 letras se transformaram em muitas outras, em um movimento de olhar para o outro. Diferentes formações que trazem processos discriminatórios: LGBTQ, LGBTI, LGBTIQ, LGBTQI, LGBTQIA, LGBTQIA+ e muita trajetória de lutas como você pontuou.
    Abraços

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